segunda-feira, 29 de março de 2010

Uma síntese do essencial sobre a Inteligência

• Sendo a inteligência uma capacidade humana de grande complexidade, a sua definição não é unívoca. São vários os aspectos envolvidos na definição da inteligência.
• Geralmente, define-se inteligência como a capacidade de adaptação ao meio, de pensar abstractamente, bem como a capacidade de aprender.
• Podem-se distinguir vários tipos de inteligência. Geralmente distingue-se inteligência prática (capa-
cidade de resolver situações, problemas concretos) e inteligência conceptual (capacidade de resolver problemas abstractos). A inteligência social, referida por alguns autores, estaria na base dos comportamentos interpessoais.
• A Escala Métrica de Inteligência criada por Binet e Simon foi o primeiro instrumento para medir, através
de testes, as capacidades mentais.
• O quociente de inteligência (QI) é a razão entre a idade mental (IM), avaliada pela aplicação de testes, e a idade cronológica (IC).
• Os testes de inteligência têm sido objecto de muitas críticas. De entre as críticas podem-se destacar as limitações que resultam do facto de os testes avaliarem um número reduzido de capacidades intelectuais, de avaliarem os resultados e não os processos mentais, de decorrerem numa situação artificial. A absolutização dos resultados dos testes conduz a erros de avaliação.
• As limitações dos testes de inteligência não impedem a sua utilização.
• A aplicação destes instrumentos pode ser muito útil no processo de diagnóstico.
• Um dos objectos de investigação sobre a inteligência tem sido a identificação da sua composição e
estrutura.
• A análise factorial da inteligência é um método estatístico que visa correlacionar as diferentes capacidades intelectuais a partir do resultado da aplicação de testes.
• Alguns psicólogos defenderam a existência de uma inteligência ou factor geral da qual dependeriam
aptidões específicas.
• Spearman considerava que o factor g (factor geral) seria a inteligência geral, de origem hereditária, que estaria na base das actividades intelectuais. Os factores específicos (factores s) dependeriam do factor g.
• Criticando esta concepção, Thurstone nega a existência do factor geral considerando que a inteligência é composta por vários factores (concepção multifactorial).
• Thurstone define sete aptidões mentais primárias ligadas a tarefas específicas, visualização espacial, capacidade e rapidez, perceptivas, compreensão verbal, fluência verbal, memória, raciocínio e aptidão numérica.
• A existência de diferentes aptidões mentais primárias explicaria por que razão uma pessoa poderá
manifestar uma grande capacidade numa aptidão e uma menor capacidade noutro domínio.
• Tal como outras capacidades humanas, a inteligência depende de vários factores podendo-se salientar: factores hereditários, factores sociais e expectativas. Estes factores interagem entre si.
• O pensamento convergente e o pensamento divergente são dois processos para resolver problemas.
• Enquanto que o pensamento convergente está orientado em direcção a uma resposta que surge
como a melhor e a mais correcta, o pensamento divergente direcciona-se para várias soluções originais para o mesmo problema.
• Apesar de distintos, o pensamento convergente e o pensamento divergente funcionam complementarmente, estão em constante interacção.
• A criatividade é uma manifestação do pensamento divergente.
• A criatividade caracteriza-se pela originalidade, fluidez e flexibilidade.

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